terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Porque nascem os comportamentos e como reprogramar feridas emocionais profundas

 "É na infância que construímos o alicerce para o nosso "eu" adulto; então, as vivências nessa fase poderão definir o modo como nos iremos comportar ao longo da vida.

Fica por agora muito claro por que razão existem medos, fobias, manias, tiques, preconceitos, ataques de pânico, crises de ansiedade, alergias e outros tipos de doenças, etc"(...)

"Uma criança que recebe, recorrentemente, críticas e insultos quando erra, mesmo que seja durante um momento de brincadeira, crescerá a acreditar que errar é inadmissível, uma oportunidade para sentir vergonha ou culpa. Essa "crença limitante" irá limitar o seu potencial criativo. Será um adulto com muita dificuldade em tomar iniciativa, pois terá medo de errar e, por conseguinte, sentir-se um falhado ou ser castigado como o era na infância. É assim que funciona.

Mas a história pode ter um outro curso, bem mais feliz: uma outra criança que convive com adultos que a apoiam nas suas limitações, levando-a a compreender que o erro é uma valiosa oportunidade para aprender, terá uma saúde emocional robusta e isso trar-lhe-á grandes resultados! (...)

"As feridas emocionais mais profundas de uma criança são herdadas dos pais, embora estes não tenham essa consciência. Eis como funciona: quando uma criança se porta mal, os pais podem corrigi-la de uma forma mais ou menos positiva. Podem ser pacientes, compreensivos e respeitadores; podem conversar com a criança explicando e colocando perguntas; mas também podem usar o sarcasmo e envergonhá-la, ou exigir que ela seja perfeita; podem trocar bom comportamento e perfeição... por amor (condicional), Cada família tem um padrão de comportamento quando educa. 

Se são pais rígidos, críticos, pouco afetuosos, ansiosos ou perfecionistas, a criança começa a construir uma "voz interior" poderosa que lhe vai lembrando constantemente: "Não sou suficientemente boa."

Essa voz severa, castradora e ameaçadora estará ativa na mente da criança até ela se tornar num adulto e mesmo depois de os seus pais morrerem." (...)

"Como dizia Séneca e Atistóteles, tornamo-nos naquilo em que pensamos durante a maior parte do tempo e no que fazemos repetidamente. O nosso inconsciente aceita a forma como falamos para nós mesmos dentro da nossa cabeça." (...)

"A mente acredita naquilo que nós lhe apresentamos, seja verdade ou mentira! Basta que esse algo seja repetido com força e frequência para que seja aceite como verdade, atuando na programação. O seu inconsciente é uma máquina que funciona 24 horas por dia para garantir que se torna na pessoa que descreveu a si mesmo ou que outras pessoas lhe descreveram e que aceitou." (...)

"Todos nós podemos reprogramar o nosso cérebro, alterar as crenças que temos." (...)

"O cérebro e os seus neurónios são incrivelmente plásticos e cada atitude tomada em direção à mudança, por menor que seja, contribui para a consolidação de novos padrões de comportamentos e de circuitos neurais escondidos que controlam as nossas reações."




Retirado do Livro: "Coaching emocional para pais", escrito por Cristina Valente

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