quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Ego: o eu do orgulho

 A pessoa orgulhosa pode aprender a ser humilde, mas terá orgulho da humildade.

Mignon McLaughlinNão há nada tão estúpido como a inteligência orgulhosa de si mesma.Bakunin

Orgulho
Autoconsideração (É A PORTA DE ENTRADA DE TODOS OS DEFEITOS. A pessoa sente-se ferida,
mal amada, mal agradecida, injustiçada. Atrai, primeiro, a ira)
Auto-simpatia (esforça-se em ser simpático(a) para ter aceitação)
Automérito (crê-se merecedor, mesmo não fazendo nada)
Autovalorização (valorizar os esforços realizados. Quer recompensa)
Auto-suficiência (não necessita de ninguém, só acredita no próprio valor, não admite que alguém o
ajuda)
Burla (caçoar ou debochar de alguém através dos olhos ou de gargalhada, quer chamar a atenção)
Impontualidade (chega atrasado para ser notado)
Gargalhão (ri estrondosa e escandalosamente)
Complexo de inferioridade (crer-se menos que os outros, gera indecisos)
Complexo de superioridade (crer-se mais que os outros)
Indiferença (não ligar para os demais, fingir que não escuta ou liga para os outros)
Pilatos (justifica seus erros ou atitudes )
Desobediência (não aceita seguir ordens ou sugestões)
Orgulho físico (ególatra que admira o corpo ou determidada parte dele)
Orgulho mental (admira-se de seu preparo intelectual, seu diploma acadêmico etc.)
Eu Fama (ambiciona ser famoso, conhecido, notório, quer ser manequim, ator/atriz, político etc)
Nacionalista (apego o país, à região (Eu Sulista...), pode chegar ao genocídio)
Paranóico (doença mental, nunca aceitaria seus erros ou deficiências; complexo de perseguição)
Egotismo (só fala de si mesmo, incessantemente)
Incredulidade (não aceita os fatos por excesso de orgulho)
Pudorado (manifestar demasiado pudor)
Ressentimento (emoção mediana entre a ira e a autoconsideração)
Eu Guru (Pretende sempre dar respostas “superiores”, dar “lição de moral” nos outros) 
Para aniquilar um defeito psicológico, depois de o compreendermos, devemos rogar à nossa Divina Mãe Kundalini, "elimine este defeito, desintegre-o". Para recordar as cenas, repetir mentalmente o mantra RAOM GAOM. Deve-se estudar um defeito de cada vez, dedicando dois meses a cada um dos sete principais.

Em: Lirvro - Didática completa para a dissolução do eu psicolõgico

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Filosofia para crianças e adolescentes

 "Para introduzirmos a filosofia aos mais novos, de forma a que aprendam a pensar pela sua própria cabeça, existe um método simples e estimulante.

Em primeiro lugar, o adulto deve escolher um tema. (...)

Em segundo lugar, o adulto tem de resistir à tentação de transmitir qualquer conhecimento às crianças, que é o que acontece normalmente nos sermões que pais e professores tanto gostam de dar - ou seja, impondo a sua opinião pessoal. Só que a Filosofia é uma disciplina muito diferente das outras que as crianças aprendem na escola. Na Filosofia não existem resposta certas, como acontece em Matemática, História ou Geografia." (...)

"Em vez de transmitir conhecimento ou opiniões, o adulto deve ajudar as crianças a desenvolver um pensamento pessoal, um espírito crítico, uma capacidade de raciocinar sem recorrer a crenças e opiniões - aprendendo a escutar os outros, a dialogar, a argumentar.

Em terceiro lugar, a criança deve aprender a dar a sua opinião mesmo quando esta é contrária à de outro membro da família. Isso deve ser feito da seguinte forma: esperar pela sua vez de falar, depois olhar nos olhos do outro e dizer "Não estou de acordo contigo, porque...", fundamentando a sua opinião mas respeitando a do outro! Esta regra ensina à criança o respeito pela sua própria opinião e pela do outro, mas também a dar opiniões fundamentadas, em vez de se inibir ou de dar respostas fracas. Escusado será dizer que esta regra também terá de ser respeitada pelo adulto, para que a criança lhe siga o exemplo! (...)

..."filosofar é fazê-lo sentir, ensiná-lo a libertar as palavras e os pensamentos, abrir-lhe o espírito e o coração." (...) " Quando deixamos as crianças voar, elas acabam por oferecer-nos respostas mágicas, verdadeiras pérolas de sabedoria." (...)

"É sabido que a forma de falar influencia fortemente não apenas o ambiente emocional da família mas igualmente o desempenho escolar dos mais novos! (...)

"Porque muitas vezes foram mandadas calar em vez de serem escutadas e foram criticadas por terem interrompido uma conversa. (...) E talvez seja por estas e por outras razões que um dos maiores medos que têm -tal como muitos adultos - seja o medo de falarem em público." (...)

"A oratória tem de possuir um estatuto igual ao das competências de leitura e escrita no programa educativo nacional!

Crianças e adolescentes que dominam a arte da oratória e que aprendem a comunicar de forma eficaz são mais bem avaliados na escola, nas suas profissões, e acabarão por ter um impacto mais marcante na sociedade." (...)

É necessário que tanto pais como professores se tornem emocionalmente inteligentes e passem a educar mais com o coração do que com a mente, pois se essa aprendizagem for forçada pelos adultos, a curiosidade deixa de vir de dentro e desaparece. E, dessa forma, a criança deixa de se maravilhar e aprender."


Retirado do Livro: "Coaching emocional para pais", escrito por Cristina Valente

Porque nascem os comportamentos e como reprogramar feridas emocionais profundas

 "É na infância que construímos o alicerce para o nosso "eu" adulto; então, as vivências nessa fase poderão definir o modo como nos iremos comportar ao longo da vida.

Fica por agora muito claro por que razão existem medos, fobias, manias, tiques, preconceitos, ataques de pânico, crises de ansiedade, alergias e outros tipos de doenças, etc"(...)

"Uma criança que recebe, recorrentemente, críticas e insultos quando erra, mesmo que seja durante um momento de brincadeira, crescerá a acreditar que errar é inadmissível, uma oportunidade para sentir vergonha ou culpa. Essa "crença limitante" irá limitar o seu potencial criativo. Será um adulto com muita dificuldade em tomar iniciativa, pois terá medo de errar e, por conseguinte, sentir-se um falhado ou ser castigado como o era na infância. É assim que funciona.

Mas a história pode ter um outro curso, bem mais feliz: uma outra criança que convive com adultos que a apoiam nas suas limitações, levando-a a compreender que o erro é uma valiosa oportunidade para aprender, terá uma saúde emocional robusta e isso trar-lhe-á grandes resultados! (...)

"As feridas emocionais mais profundas de uma criança são herdadas dos pais, embora estes não tenham essa consciência. Eis como funciona: quando uma criança se porta mal, os pais podem corrigi-la de uma forma mais ou menos positiva. Podem ser pacientes, compreensivos e respeitadores; podem conversar com a criança explicando e colocando perguntas; mas também podem usar o sarcasmo e envergonhá-la, ou exigir que ela seja perfeita; podem trocar bom comportamento e perfeição... por amor (condicional), Cada família tem um padrão de comportamento quando educa. 

Se são pais rígidos, críticos, pouco afetuosos, ansiosos ou perfecionistas, a criança começa a construir uma "voz interior" poderosa que lhe vai lembrando constantemente: "Não sou suficientemente boa."

Essa voz severa, castradora e ameaçadora estará ativa na mente da criança até ela se tornar num adulto e mesmo depois de os seus pais morrerem." (...)

"Como dizia Séneca e Atistóteles, tornamo-nos naquilo em que pensamos durante a maior parte do tempo e no que fazemos repetidamente. O nosso inconsciente aceita a forma como falamos para nós mesmos dentro da nossa cabeça." (...)

"A mente acredita naquilo que nós lhe apresentamos, seja verdade ou mentira! Basta que esse algo seja repetido com força e frequência para que seja aceite como verdade, atuando na programação. O seu inconsciente é uma máquina que funciona 24 horas por dia para garantir que se torna na pessoa que descreveu a si mesmo ou que outras pessoas lhe descreveram e que aceitou." (...)

"Todos nós podemos reprogramar o nosso cérebro, alterar as crenças que temos." (...)

"O cérebro e os seus neurónios são incrivelmente plásticos e cada atitude tomada em direção à mudança, por menor que seja, contribui para a consolidação de novos padrões de comportamentos e de circuitos neurais escondidos que controlam as nossas reações."




Retirado do Livro: "Coaching emocional para pais", escrito por Cristina Valente