quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Why society tries to silence matriarchy and tantra

 


The development of female sexuality has always been a complex and multifaceted terrain, permeated by cultural, religious and philosophical constructs that have historically imposed norms, repressions and prejudices. Philosophical Tantra, with its matriarchal roots and focus on the valorization and integration of the feminine, provides a vision that confronts and dialogues with the patriarchal ideals predominant in contemporary society. This Eastern philosophy proposes a sacred and profound approach to sexuality, aiming at self-knowledge, mutual respect and spiritual transcendence, concepts that have much to contribute to the understanding of women in the current scenario.

 

In the contemporary context, female sexuality is often divided between the extremes of excess and deficiency, both arising from a society that, despite social advances, still maintains deep-rooted patriarchal structures. This scenario of repression and control of female sexual expression is intensified by the popularization of virtual communities, such as those that defend the so-called "red pills". This movement, originating mainly from online male communities, aims to expose what they consider "inconvenient truths" about relationships between men and women, often perpetuating misogynistic views and denying the legitimate issues faced by women in their experiences of oppression.

 

Simone de Beauvoir, in her work *The Second Sex*, offers a critical analysis of the female condition in society, exploring how women are reduced to an "Other" in relation to men. Her famous quote, "A man would not have the idea of ​​writing a book about the singular situation in which males occupy humanity. Yet every time a woman wants to write about her situation, she is forced to declare 'I am a woman'", reflects the invisibility and marginalization of the female perspective in science and the arts, a phenomenon that persists in many areas, from philosophy to religion.

 

In Tantra, there is an important space for the reinterpretation of the sacred feminine. This philosophy with ancient roots values ​​the role of women not as objects, but as subjects of vital force and spirituality. Tantric practice, in its essence, invites a rediscovery of sexuality as a process of healing and union, in which the feminine is celebrated as a source of life and pleasure, thus challenging the patriarchal narrative that associated female sexuality with subservience or guilt.

 

The repression of female sexuality, often justified in the name of religion and morality, has profound consequences for women’s lives. In predominantly patriarchal societies, the female body is controlled, monitored and disciplined, resulting in an experience marked by internal conflicts and tensions between desire and repression. Philosophical Tantra proposes an alternative, where the female body is not only accepted, but honored and understood as a portal to self-knowledge. This thinking contrasts directly with the misogynistic views of the red pill movement, where women are often seen as manipulative or superficial, thus emptying their complexity and subjectivity.

 

Simone de Beauvoir's work continues to be an essential reference for understanding women's conditions and struggles, especially as she discusses the cultural construction of femininity and denounces the way society defines women in relation to men. The author reveals that women's condition has been shaped throughout history in such a way as to deprive them of their individuality and power, being limited to what the patriarchy defines as their role and function.

 

The convergence of ideas between matriarchal Tantra and Beauvoir's feminist thought points to a new understanding of sexuality and femininity. Based on the appreciation and autonomy over the body, Tantra can be a philosophy that promotes a space for reconciliation and affirmation for women, rescuing the spirituality and dignity of their being. In the contemporary context, this vision presents itself as a necessary counter-narrative to overcome the extremes of lack and excess and open space for a fuller and more conscious experience of female sexuality.

 

Thus, Simone de Beauvoir's thinking and matriarchal tantric philosophy converge in proposing the emancipation of women, a liberation from the patriarchal and religious yoke that shapes women's lives and bodies. Through this reflection, it is possible to envision a society where women can be, above all, complete and autonomous beings, capable of fully expressing their sexuality and spirituality."

In: https://redemetamorfose.org/en/artigos/a-relacao-entre-o-tantra-e-a-sexualidade-feminina-contemporanea


Quem foi Lilith e o que foi a sua Rebelião? Descubra a história e o significado

 

Introdução

Apresentação de Lilith como Figura Mítica e Sua Relevância Cultural

Lilith, uma das figuras mais enigmáticas e controversas da mitologia judaica, surge como um símbolo de independência e rebeldia. Diferente de Eva, que representa a submissão e a obediência, Lilith é frequentemente associada à força feminina primordial, aquela que desafia as normas estabelecidas pelos poderes dominantes. Sua narrativa transcende o mero registro histórico, adentrando o campo do simbólico e do espiritual, onde ela é vista tanto como uma deusa negra quanto como um demônio sedutor.

Nas tradições antigas, Lilith é descrita como a primeira mulher de Adão, criada do mesmo barro que ele, ou seja, igual em essência. No entanto, sua recusa em se submeter ao papel de subserviência levou ao seu exílio e à sua transformação em uma figura marginal. Essa dualidade – de ser ao mesmo tempo vítima e antagonista – torna Lilith uma figura fascinante para estudiosos e espiritualistas. Ela personifica o questionamento das estruturas de poder e convida à reflexão sobre temas como igualdadeautonomia e resistência.

Contextualização da Rebelião de Lilith e Seu Impacto nas Narrativas Tradicionais

A Rebelião de Lilith não é apenas um evento mitológico, mas um marco simbólico que reverbera até os dias de hoje. Ao se recusar a aceitar uma posição inferior, Lilith desafia não apenas Adão, mas todo o sistema que sustenta a hierarquia de gênero. Sua fuga para o deserto e sua aliança com forças obscuras representam uma ruptura radical com o status quo, uma escolha que a transforma em tanto heroína quanto vilã, dependendo da perspectiva adotada.

Nas narrativas tradicionais, como o Alfabeto de Ben-Sira, Lilith é retratada como uma ameaça à ordem divina, uma figura que personifica o caos e a insubordinação. No entanto, em versões mais contemporâneas, ela é ressignificada como um ícone de empoderamento feminino e luta pela igualdade. Sua história desafia as noções convencionais de certo e errado, convidando o leitor a questionar:

  • Até que ponto a rebeldia pode ser justificada?
  • Qual o preço da liberdade em um mundo que impõe limites?
  • Como os mitos refletem e moldam as estruturas sociais?

Assim, a Rebelião de Lilith não apenas redefine seu papel nas narrativas antigas, mas também serve como um espelho para as discussões modernas sobre opressão, resistência e transformação.

Origens de Lilith na Mitologia

Referências na literatura judaica e no folclore

A figura de Lilith emerge das profundezas da tradição judaica, presente em textos como o Alfabeto de Ben Sira e o Zohar. Nas narrativas, ela é retratada como a primeira mulher de Adão, criada ao mesmo tempo e da mesma terra que ele, ao contrário de Eva, que teria sido moldada a partir de sua costela. Esse detalhe já revela uma tensão fundamental: Lilith rejeitou a submissão, escolhendo o exílio em vez de se curvar à hierarquia proposta. Sua recusa em obedecer a Adão e sua fuga para o deserto a transformaram em um símbolo de resistência e independência, mas também a associaram ao mundo das sombras e dos demônios. No folclore, ela é vista como uma entidade noturna, muitas vezes ligada à morte e à sedução perigosa, uma figura que desafia as normas sociais e religiosas da época.

Comparação com outras figuras mitológicas semelhantes

Lilith não é uma figura isolada na mitologia global. Sua história ecoa em outras tradições que também exploram o tema da mulher subversiva e desafiadora. Por exemplo, na mitologia mesopotâmica, a deusa Lilitu, da qual Lilith provavelmente deriva, era associada a ventos malignos e espíritos errantes. Já na mitologia grega, figuras como Medusa e Pandora também carregam consigo uma dualidade: são vítimas e, ao mesmo tempo, portadoras de uma força que ameaça a ordem estabelecida. Medusa, transformada em monstro após um ato divino de vingança, e Pandora, acusada de trazer o mal ao mundo, compartilham com Lilith o fardo de serem retratadas como protagonistas de suas próprias tragédias, mas também como mulheres que carregam um poder enigmático e temido.

Essas comparações nos levam a uma reflexão mais ampla: como as culturas interpretam e representam as figuras femininas que desafiam as estruturas de poder? Lilith, Medusa, Pandora e outras são mais do que personagens mitológicas; são símbolos que nos convidam a questionar as narrativas tradicionais e a explorar as múltiplas camadas de significado por trás de suas histórias.

A Rebelião de Lilith

A Recusa de Lilith em se Submeter a Adão

Na mitologia judaica, Lilith é apresentada como a primeira mulher, criada ao mesmo tempo e da mesma matéria que Adão. Diferente de Eva, que foi feita de sua costela, Lilith surge como uma figura igual, destinada a compartilhar a vida no Jardim do Éden ao lado de Adão. No entanto, o que se destaca nessa narrativa é a recusa de Lilith em se submeter à dominância de Adão. Ao exigir igualdade, ela questiona o paradigma de submissão feminina, enfrentando uma estrutura hierárquica que já se fazia presente mesmo no Paraíso.

Segundo os textos, quando Adão insistiu que Lilith deveria se deitar debaixo dele durante o ato sexual, ela retrucou: “Por que deveria me deitar embaixo de você? Eu também fui feita do pó, e sou tua igual.” Sua ousadia em reivindicar igualdade foi interpretada como rebeldia, mas, sob uma perspectiva moderna, pode ser vista como um ato de afirmação de autonomia. Lilith não aceitou ser reduzida a um papel secundário, o que culminou em sua fuga do Éden.

A Fuga do Jardim do Édem

A fuga de Lilith não foi meramente física, mas simbólica. Ao deixar o Jardim do Éden, ela abandonou um lugar de harmonia aparente para enfrentar o desconhecido. Essa decisão representa uma ruptura com o status quo e uma busca por liberdade, mesmo que isso significasse viver à margem da criação divina. Segundo algumas versões do mito, Lilith se refugiou nas margens do Mar Vermelho, onde se aliou a demônios e deu origem a uma linhagem de seres independentes.

Essa fuga pode ser interpretada como uma metáfora para a luta pela autonomia, especialmente em contextos onde a submissão é imposta como norma. Lilith escolheu o exílio em vez de se conformar a uma existência que negava sua essência, tornando-se um símbolo poderoso de resistência.

Os Símbolos da Independência e da Luta pela Autonomia

Lilith transcende seu papel mitológico para se tornar um ícone de independência e autodeterminação. Sua história desafia as estruturas de poder e questiona as normas sociais que perpetuam a desigualdade. Ela personifica a busca por liberdade em um mundo que muitas vezes exige conformidade.

  • Igualdade como direito inalienável: A recusa de Lilith em se submeter a Adão é um chamado para repensar as relações de poder e buscar equidade.
  • Coragem para enfrentar o desconhecido: Sua fuga do Éden simboliza a disposição de deixar para trás o conforto em prol da autenticidade.
  • Resistência como ato de força: Ao se rebelar, Lilith demonstra que a verdadeira força está na capacidade de dizer “não” quando necessário.

Em síntese, a rebelião de Lilith não é apenas uma narrativa mitológica, mas um legado que inspira a luta pela autonomia e a busca por um mundo onde a igualdade não seja uma concessão, mas um direito fundamental.

Interpretações Espirituais e Filosóficas

Lilith como símbolo de resistência e empoderamento feminino

Na mitologia judaica, Lilith emerge como uma figura desafiadora, que se recusa a se submeter à autoridade masculina. Sua recusa em aceitar uma posição inferior a Adão não é apenas um ato de rebeldia, mas uma afirmação de igualdade e autonomia. Essa narrativa transformou Lilith em um ícone de empoderamento feminino, especialmente em contextos onde a resistência à opressão é essencial. Sua história nos convida a refletir sobre quanto de nós mesmos estamos dispostos a sacrificar para manter a harmonia em relações desiguais.

Além disso, Lilith também simboliza a busca pela liberdade espiritual. Ela não apenas abandona o Éden, mas também escolhe viver à margem da sociedade, tornando-se uma figura que questiona as estruturas de poder e as normas estabelecidas. Sua jornada é uma metáfora para a busca de identidade e autenticidade, temas que ressoam profundamente em discussões contemporâneas sobre gênero e identidade.

Reflexões sobre a dualidade entre conformidade e rebeldia

A história de Lilith nos coloca diante de uma dualidade fundamental: a escolha entre conformidade e rebeldia. Enquanto a conformidade promete segurança e aceitação, a rebeldia oferece liberdade, mas ao custo da exclusão e do conflito. Lilith, ao optar pela rebeldia, nos faz questionar até que ponto a conformidade é uma escolha ou uma imposição.

Essa dualidade pode ser aplicada não apenas em contextos pessoais, mas também sociais e políticos. Por exemplo:

  • A conformidade pode manter a ordem, mas ao preço de perpetuar desigualdades.
  • A rebeldia pode gerar mudanças, mas também incerteza e caos.

Lilith nos lembra que toda escolha carrega consequências, e que a verdadeira liberdade exige coragem para enfrentar os desafios que surgem ao se questionar o status quo. Sua história é um convite para refletirmos sobre nossas próprias escolhas: Estamos conformados por medo ou estamos rebelando-nos por uma causa maior?

“Lilith não é apenas um mito, mas um espelho que reflete nossas lutas internas e sociais. Ela nos desafia a questionar não apenas as estruturas ao nosso redor, mas também nossas próprias limitações.”

Essa reflexão sobre Lilith como símbolo de resistência e a dualidade entre conformidade e rebeldia é uma oportunidade para explorarmos como mitos ancestrais continuam a influenciar nossas visões de mundo e nossas ações no presente.

Influências Culturais e Representações Modernas

Presença de Lilith na Literatura, Arte e Movimentos Feministas

A figura de Lilith, desde suas origens na mitologia mesopotâmica e judaica, tem sido uma fonte inesgotável de inspiração para diversos campos da cultura e do pensamento humano. Na literatura, Lilith emerge como um símbolo de resistência e independência. Autores como Goethe, em seu poema A Noiva de Corinto, e George MacDonald, no romance Lilith, exploram sua dualidade entre o ser demoníaco e o libertário. Mais recentemente, escritoras feministas como Clarissa Pinkola Estés têm reinterpretado Lilith como um arquétipo da mulher selvagem, aquela que rejeita papéis sociais impostos e busca sua essência mais autêntica.

Nas artes visuais, Lilith foi retratada de diversas formas, desde as representações medievais como uma criatura maligna até as interpretações modernas que a celebram como um ícone de libertação. Artistas como John Collier, em sua pintura Lilith, e as obras contemporâneas de Ana Mendieta, buscam capturar sua complexidade e sua conexão com a natureza e o feminino primordial.

Representação de Lilith como símbolo de resistência

Nos movimentos feministas, Lilith se tornou um símbolo de rebeldia e empoderamento. Sua lenda é frequentemente evocada para discutir temas como igualdade de gênero, autonomia corporal e a rejeição de normas patriarcais. Revistas, grupos de estudos e até mesmo festivais dedicados a Lilith surgiram como espaços para mulheres explorarem e celebrarem sua força e independência.

Adaptações Contemporâneas e Reinterpretações do Mito

No cinema e na televisão, Lilith tem sido reinterpretada de maneiras que refletem as preocupações e os questionamentos de cada época. Em séries como Supernatural e True Blood, ela aparece como uma figura poderosa e ambígua, muitas vezes questionando as fronteiras entre o bem e o mal. Filmes independentes e trabalhos de arte digital também têm explorado sua história, destacando sua resistência ao controle e sua busca por liberdade.

Além disso, a figura de Lilith tem sido ressignificada em contextos espirituais modernos. Em correntes do neopaganismo e da Wicca, ela é vista como uma deusa das sombras, representando a parte mais obscura e poderosa do feminino. Seu mito tem sido usado em rituais e meditações como uma forma de conectar-se com a força interior e a intuição.

Essas adaptações e reinterpretações mostram como o mito de Lilith continua a ressoar profundamente em nossa sociedade. Ela não é apenas uma figura do passado, mas uma voz que nos desafia a questionar as estruturas de poder e a buscar nossa própria autonomia. Como afirma a escritora Margaret Atwood: “Lilith é aquela parte de nós que se recusa a ser silenciada, que insiste em ser ouvida, não importa o custo.”

Críticas e Controvérsias

Análise das diferentes perspectivas sobre a figura de Lilith

A figura de Lilith é cercada por uma vasta gama de interpretações, que variam conforme o contexto histórico, cultural e espiritual. Nas tradições judaicas, ela é frequentemente retratada como um ser rebelde e perigoso, enquanto em abordagens feministas modernas, Lilith emerge como um símbolo de independência e resistência contra estruturas patriarcais. Essa dualidade nos leva a questionar: Lilith foi realmente uma figura maligna ou uma vítima de narrativas construídas para controlar?

Alguns estudiosos argumentam que a demonização de Lilith pode estar ligada ao medo do feminino poderoso e autônomo. Em textos antigos, como o Alfabeto de Ben Sira, ela é descrita como uma mulher que recusa a submissão, escolhendo a solidão ao invés da dominação. Essa narrativa, no entanto, foi distorcida ao longo do tempo, transformando-a em uma figura associada ao caos e à destruição.

Discussão sobre a demonização de Lilith nas narrativas tradicionais

A demonização de Lilith nas narrativas tradicionais não é apenas um fenômeno religioso, mas também cultural. Na Idade Média, por exemplo, ela foi frequentemente associada a bruxaria e aos perigos noturnos, reforçando estereótipos negativos sobre mulheres que desafiavam as normas sociais. Esse processo de vilificação reflete, talvez, o desconforto da sociedade diante daqueles que se recusam a se enquadrar em papéis preestabelecidos.

É intrigante observar como a mesma figura pode ser vista como uma deusa emancipadora em algumas tradições e como um demônio em outras. Essa dualidade nos convida a refletir sobre como as histórias são moldadas para atender a interesses específicos. A narrativa de Lilith, portanto, não é apenas um mito antigo, mas um espelho das sociedades que a contam. Será que, ao recontar sua história, estamos dispostos a confrontar nossos próprios preconceitos?

Além disso, a representação de Lilith como uma criatura sedutora e perigosa pode ser vista como uma tentativa de controlar a sexualidade feminina. Em muitos textos, sua figura é associada à tentação e à luxúria, características que, em contextos patriarcais, eram vistas como ameaças à ordem estabelecida. Essa interpretação, no entanto, ignora a autonomia e a complexidade de Lilith como símbolo de resistência.

Por fim, é importante destacar que as críticas e controvérsias em torno de Lilith não se limitam ao passado. Hoje, sua figura continua a ser debatida, seja na academia, na espiritualidade ou nos movimentos sociais. Cada nova interpretação traz à tona questões sobre gênero, poder e liberdade, demostrando que os mitos, longe de serem estáticos, são dinâmicos e repletos de significados possíveis.

Conclusão

Síntese do Legado de Lilith

Lilith, uma figura que transcende as fronteiras do mito e da história, deixa um legado que ecoa até os dias atuais. Sua narrativa, muitas vezes interpretada como uma rebelião contra a submissão, desafia as estruturas de poder e questiona os papéis tradicionais atribuídos às mulheres. Lilith não é apenas um símbolo de resistência, mas também uma representação da busca pela autonomia e pela transformação pessoal. Sua história nos convida a refletir sobre as dinâmicas de gênero, a luta pela igualdade e a importância de questionar as narrativas dominantes.

Importância nas Reflexões Atuais

No contexto contemporâneo, Lilith ganha novos significados. Ela se torna uma metáfora para aqueles que buscam romper com as expectativas sociais e encontrar sua própria voz. Seu mito nos lembra que a rebeldia pode ser um ato de autopreservação e que a transformação muitas vezes começa com a coragem de dizer “não”. Em um mundo onde as lutas por direitos e reconhecimento continuam, Lilith serve como um farol para aqueles que desejam desafiar o status quo e construir um caminho autêntico.

Chamada para Reflexão

Que tal usar a história de Lilith como um espelho para nossas próprias jornadas? O que significa, para você, buscar autonomia em um mundo que muitas vezes tenta definir quem somos? Como podemos resistir às pressões externas e abraçar nossa verdadeira essência? A rebelião de Lilith não é apenas um evento do passado, mas um convite para repensarmos nossas próprias lutas e transformações. Afinal, quantos de nós já enfrentaram o “deserto de Lilith” dentro de si mesmos, buscando um espaço onde possam ser livres?

Perguntas Frequentes – FAQ

1. Por que Lilith é considerada uma figura rebelde?

Lilith é vista como rebelde por recusar-se a se submeter a Adão e escolher o exílio em vez da submissão, simbolizando a luta pela autonomia e igualdade.

2. Qual a relevância de Lilith hoje?

Ela representa a resistência contra opressões e a busca por identidade e liberdade, temas ainda muito atuais.

3. Como podemos aplicar o legado de Lilith em nossas vidas?

Refletindo sobre nossas próprias escolhas, questionando normas sociais e buscando viver de forma autêntica e livre.

Lilith nos ensina que a verdadeira liberdade começa quando nos permitimos ser quem somos, sem medo das consequências. Que sua história continue a inspirar aqueles que buscam transformar não apenas a si mesmos, mas também o mundo ao seu redor.

Em: https://mitologiaviva.com/quem-foi-lilith-rebeliao-significado/


Lilith: A Deusa que vem libertar a sua essência!

 Lilith não é apenas um mito. Ela é um chamado.

Ela é a lembrança daquilo que a humanidade tentou apagar: o poder da mulher que sabe integrar sua sombra e sua luz, que dança entre polaridades sem medo, que vive sua profundidade sem pedir permissão.

O patriarcado sempre temeu Lilith. Porque ela é a mulher que não pode ser controlada. A mulher que olha nos olhos da sua sombra e a transforma em força. A mulher que reconhece no seu corpo o templo do prazer, da vida e da criação.

É Lilith quem ativa a cura da mulher.
É ela que rompe com os espaços pequenos, com as caixas de submissão, com os papéis que já não cabem mais.
Lilith desperta a coragem de ser livre, sensual e sagrada tudo ao mesmo tempo.

E é justamente por isso que ela precisa retornar agora. Porque o mundo precisa da mulher inteira. Da mulher que se expressa sem medo, que manifesta a sua verdade, que encarna o divino em cada gesto, em cada escolha, em cada respiração.

Lilith é o portal de libertação. É a energia que faz a alma feminina florescer no seu máximo poder."
Por @bellaviero_ no Instagram


segunda-feira, 7 de abril de 2025

A Era de Aquárius e a revolução da mulher

 Em inúmeros textos lemos que a verdadeira revolução sexual da mulher ainda não se iniciou. É incontestável que as mulheres queimaram sutiãs em praça pública, fizeram valer seu direito de voto, tentam equiparar-se economicamente aos homens etc. Isso são indícios da necessidade de mudanças de paradigmas em relação ao verdadeiro potencial da mulher na sociedade.

Mas é também inegável que a verdadeira revolução sexual ainda está engatinhando, e sob o ponto de vista esotérico, se essa autêntica e superior revolução não ocorrer no interior de cada mulher, a sociedade será conduzida a seu fim inexorável.

Vejamos o que o venerável mestre Samael Aun Weor, líder supremo das instituições gnósticas contemporâneas, ensina sobre esse assunto tão controverso e fascinante:



Quero dizer a vocês, de forma enfática, que os ciclos de atividade masculina e feminina estão governados pelo planeta Urano. Isto quer dizer que Urano, com seus dois polos, determina as épocas de atividade triunfal masculina e as épocas de atividade triunfal feminina.

Quando o polo positivo de Urano aponta para o Sol, triunfa no mundo Terra o sexo masculino. Essas são as épocas de pirataria, dos grandes conquistadores como Napoleão Bonaparte etc., e também dos gestos de independência.

Quando o polo negativo de Urano aponta para o Sol, a energia que flui de Urano, dá, então, triunfo à mulher, e então sobressai, triunfa, sobe ao topo da escada, manda, o sexo feminino.

Recordemos a época das Amazonas. Então, estas tiveram uma época de resplendor: ergueram, por toda parte, templos à Deusa Lua; países soberanos governados pelo sexo feminino… O Império das Amazonas se estendeu por grande parte da Europa e do Oriente Médio e até a Ásia. Quem exercia o sacerdócio, quem formava o Governo, quem fazia parte das forças armadas eram as mulheres.

Elas construíram uma poderosa civilização… e ninguém o pode negar. É certo e verdadeiro. Indubitavelmente, houve também algo de cruel. Os meninos de alguma forma eram incapacitados para que não pudessem triunfar: às vezes se lhes feria nas pernas, nos braços ou em outra parte do corpo, para que não pudessem mais tarde exercer o domínio. Isso era cruel? Não podemos negá-lo. Porém, são questões que pertenceram à história e que já passaram.

Na guerra, as Amazonas se distinguiram extraordinariamente. Recordemos a amazona Camila, da qual dá testemunho Virgílio, o poeta de Mântua. Obviamente, Virgílio, o grande mestre de Dante Alighieri, fala maravilhas sobre a amazona Camila. Na guerra, ela foi extraordinária. Pode-se considerá-la como uma das melhores generais da época, muito similar a qualquer outro grande guerreiro do sexo masculino de outros tempos.

Na ciência, as mulheres amazonas sobressaíram-se triunfalmente. Seu império foi poderoso e se estendeu do ocidente ao oriente. Se, mais tarde, aquele império declinou, se decaiu, isto se deveu precisamente ao aspecto sexual.

Certo grupo de amazonas que chegou à Grécia, e ainda que tenha se isolado por algum tempo, não será demasiado dizer-lhes que elas se uniram sexualmente a distintos jovens gregos e, desde então, mudaram seus costumes.

Essas amazonas, já mudadas, influíram pois sobre o restante das Amazonas que haviam estabelecido o império e, pouco a pouco, foram perdendo o poder, até que sobressaiu completamente o sexo masculino. Já havia passado sua época.

Quarenta e dois anos são de atividade masculina e 42 anos de atividade feminina. Nestes momentos em que nos encontramos, por exemplo, está dominando o sexo feminino. Está em seu ciclo de domínio e mando. Mais tarde, quando se cumpra seu ciclo de 42 anos, voltará uma nova época de domínio masculino.



Urano possui a inclinação de seu eixo de rotação no qual se estabelece praticamente em 90 graus, tomando como referência a sua órbita

Agora, cabe ao sexo feminino o poder de mando. Isto não o podemos negar, é indubitável. Atualmente, a mulher manda; se impõe na ciência, se impõe no mundo do comércio, se impõe no governo, se impõe nas religiões; se impõe no lar; se impõe em todas as partes. Está em sua época…

Urano governa diretamente as glândulas sexuais. Na mulher, governa a atividade dos ovários. Assim, são 42 anos de domínio masculino e 42 de domínio feminino. A mulher, obviamente, pode aproveitar esta época para transformar-se, se assim o desejar.

Por estes tempos, luta-se pela emancipação da mulher. Conceituo que a mulher tem excesso de poder durante este tempo em que se acha dentro do ciclo feminino de Urano.



Considerando estas questões, me parece que o sexo feminino tem direito à dignificação e à transformação. O sexo feminino deve aproveitar o momento atual em que Urano a está ajudando, tirar o máximo de proveito da vibração do planeta Urano. A mulher tem direito de passar a um nível superior do Ser, e isto é possível sabendo amar.

“Amor é lei, mas amor consciente!… “O amor é o summum da sabedoria”, assim o disse Hermes Trimegisto, o três vezes grande Deus Íbis de Toth, em sua Tábua de Esmeralda.

O amor é o fundamento de tudo que é, do que foi e do que será. A mulher, mediante o amor, não somente pode transformar-se a si mesma, mas também pode transformar aos demais…

Por estes tempos, assombra saber que algumas nações já estão pensando em enviar precisamente comitês femininos a fim de lutar pela paz universal. Tenho observado que a ONU está considerando muito difícil o problema da paz e, seriamente, pensa em promover uma espécie de “propaganda pró-paz”, mediante comitês femininos.

Creio simplesmente que a mulher nestes momentos se sobressai ao homem e tem domínio, mando completo, e a isto se acresce que o sexo masculino está muito degenerado, atualmente. Então, é a mulher que tem que regenerar o homem.

O estado de degeneração masculina é inegável, irrebatível. Cabe à mulher dar a mão ao homem, levantá-lo. Se o homem perdeu atualmente o poder, isto se deve simplesmente à sua degeneração. A mulher tem, pois, nestes momentos, um dever iniludível, o qual é de ajudar a regenerar o homem e de lutar pela paz universal.

Um dos problemas mais inquietantes da época é o problema sexual. Não há dúvida que a sexologia em si mesma é fundamental para a civilização. O sexo masculino, repito, encontra-se em estado involutivo, decadente. Abusou do sexo e isto o fez perder o domínio sobre a Terra, sobre o Universo. O sexo masculino marcha de forma decadente.

Quando alguém estuda a energia criadora, a energia sexual, à luz de um Sigmund Freud, por exemplo, ou de um Jung, ou de um Adler, ou à luz dos Tantras sânscritos, tibetanos ou hindus, ou, possivelmente, da Escola Amarela Chinesa, pode descobrir com assombro que, mediante a energia criadora, é possível a transformação do ser humano.

A mulher tem perfeito domínio sobre a biologia orgânica do homem, por isto pode regenerá-lo. A mulher deve conhecer um pouco mais sobre os mistérios do sexo. Antigamente, esses mistérios eram considerados “tabu” ou “pecado”, motivo de vergonha ou dissímulo.

Atualmente, nos países cultos, o sexo se estuda à luz da ciência. Freud deu o exemplo com sua Psicanálise. Adler, Jung e demais seguidores demonstraram ao mundo a realidade das teorias freudianas.

Considero, pois, vital tratar deste ponto escabroso, deste delicado assunto, relacionado com a sexologia transcendental, que é a única que pode transformar a mulher e o mundo. Obviamente, a energia criadora flui em tudo o que é, em tudo o que foi, e em tudo o que será. A energia criadora permite que as plantas se reproduzam mediante seus pistilos que vibram e palpitam no cálice da flor.

A energia criadora permite que as aves se reproduzam e formem seus filhos. A energia criadora permite a todas as espécies viventes do imenso mar a reprodução incessante.

Tal energia, como a eletricidade, como o magnetismo, como a força da gravidade, etc., etc. é uma energia que nós devemos aprender a manipular sabiamente. É uma energia veloz, instantânea, mais rápida que a mente, muito mais rápida que as emoções ou que qualquer outro movimento orgânico.

Muitas vezes, já deve ter sucedido com vocês, mulheres, que ao se encontrarem como um homem e, instantaneamente, sem saber por que, instintivamente, sabem se simpatizam ou não com tal homem, se ele pode servir de complemento para vocês, se ele poderia merecer simpatia.

Mas, se ele não for o complemento exato, de fato, de imediato, não despertará em vocês interesse algum.

O que assombra é ver a rapidez com que a mulher pode reconhecer se um homem e saber se este lhe pode servir de complemento em sua vida, ou não. É questão de segundos, milésimos de segundos…

O que demonstra que o sentido sexual é demasiado rápido, mais veloz que a mente e que as atividades motrizes do organismo. Em segundos, uma mulher pode perceber se um homem pode ou não lhe servir de complemento para a sua vida.

Isto se deve a que a energia criadora flui e vai de um lugar a outro. As ondas eletrossexuais são muito velozes. O centro sexual de uma mulher capta instintivamente a realidade de qualquer homem. Isto é óbvio.

Não há nada mais misterioso que essa energia tão veloz. Muitas vezes ela fala no homem. Por isso, podemos observar que muitos homens, embora tendo esposa, não se sentem em plenitude, não se sentem íntegros, não se sentem unitotais com ela. Pressentem que lhes falta algo.

Nestes casos, costuma suceder que o marido, em qualquer sala ou templo ou rua, encontre tal ou qual mulher, com que simpatiza de imediato. Inquestionavelmente, falha ao cometer adultério.

Mas, no fundo, o que sucede é que todas as partes do seu próprio Ser necessitam de complementação. Possivelmente, encontra na nova mulher algo que o ajude a complementar-se… São mistérios que se relacionam com o sexo e que vale a pena conhecê-los.

Na energia criadora está a vida de toda a máquina orgânica, e nosso corpo é uma máquina. Os ovários, na mulher, são prodigiosos, maravilhosos. Um par de cordões nervosos se dirige sempre desde os ovários até o cérebro, e se enrosca, esse par de cordões, na espinha dorsal, formando o Santo Oito, o Caduceu de Mercúrio.



Por esse par de finos cordões nervosos, que não são completamente físicos, pois em parte poderíamos dizer que são tetradimensionais, ascende a energia sexual propriamente dita, como força elétrica muito sutil, até o cérebro.

Essa força chega ao organismo através de diversos processos.

Originalmente, advém do Terceiro Logos, do Mahachoan. Indubitavelmente, para falar em termos cristãos, poderia dizer-lhes que tal energia é divinal, e que o Terceiro Logos, em si mesmo, é o que nós denominamos, em puro cristianismo, de Espírito Santo. A força do Espírito Santo é prodigiosa.

O Universo inteiro não poderia existir sem essa força magnífica. As sementes não poderiam germinar, os animais, sem essa força, não se reproduziriam, as árvores não dariam seus frutos… O Universo inteiro não viveria, não poderia existir.

Assim, a força do Espírito Santo, a energia prodigiosa do Terceiro Logos, é algo digno de ser analisado. Há escolas que se dedicaram a tal análise. Existem essas escolas em todo o Oriente e muito especialmente no Budismo Tântrico do Tibet.

Em:https://www.gnosisonline.org/a-era-de-aquarius-e-a-revolucao-da-mulher/


A força serpentina

 


Quando falamos docemente no horto puríssimo da Divina Linguagem, que como um rio de ouro corre sob a espessa selva ensolarada, torna-se para nós impossível esquecer a mágica sílaba “S”, a qual ressoa na relva como um silvo doce e suave.

Essa é a sutil voz, aquela que Elias ouviu no deserto. Apolônio de Tiana envolvia-se em seu famoso manto de lã para rogar aos deuses santos, pedindo o enigmático som.

A mística nota, a “S” mágica, conferia ao velho hierofante o poder para sair em astral conscientemente. A sílaba “S” tem certa semelhança com a letra hebraica Tsad, enquanto a Sigma grega, triforme, se relaciona com a primeira e com a Shin e a Samek. Esta última quer dizer “amparo” e tem o valor cabalístico de 60. Foi-nos dito, e isto qualquer cabalista sabe, que Shin tem o valor 300 e significa “dente”. A soma dessas duas letras equivale aos 360 graus do círculo e aos dias siderais do ano solar.


Porém, os gnósticos devem ir mais longe, inquirir, indagar, buscar, descobrir a íntima relação existente entre a serpente e a cruz. O “S” (serpente) e o “T” (cruz) são dois símbolos esotéricos que se complementam.

A letra “S” é uma verdade jeovística e vedantina ao mesmo tempo; o poder serpentino ou fogo místico; a energia primordial ou Shakti potencial que jaz adormecida no centro magnético do osso coccígeo. Muladhara é o nome sânscrito deste centro mágico; esta é a Igreja de Éfeso.

A Kundalini é a força primitiva do universo, o poder oculto, elétrico, que subsiste em toda matéria orgânica e inorgânica. A conexão sexual do Phalo e do Útero forma a cruz. A Kundalini, a letra “S” mágica, a cobra, encontra-se intimamente relacionada com essa Cruz ou Tau. O fogo serpentino desperta o poder da Santa Cruz.

Em hebraico, Tau tem, precisamente, o significado maravilhoso da Cruz, terminando como a 22ª letra do alfabeto e com valor numérico de 400.

Torna-se fácil compreender que a vogal U é uma letra moderna, derivada de V; e a letra G, do C, pela urgente necessidade de se haver uma distinção clara entre os dois sons, adquirindo, naturalmente, uma forma prática, idêntica à grega.

Observe-se muito atentamente essa curva maravilhosa que desce e sobe. A humilhação ou descida aos mundos infernos; ou a Nona Esfera (o sexo), que se faz necessária da exaltação ou sublimação.

A descida à Nona Esfera (o sexo) foi, desde os tempos antigos, a prova máxima para a suprema dignidade do hierofante. Hermes, Buda, Jesus, Dante, Zoroastro, tiveram de passar por essa terrível prova. Quem quiser subir, primeiro deve descer. Esta é a Lei. Toda exaltação é precedida sempre por uma humilhação.



Na Nona Esfera, Marte desce para retemperar a espada e conquistar o coração de Vênus. Hércules desce para limpar os Estábulos de Áugias; e Perseu para cortar a cabeça da Medusa com a sua espada flamígera.

O círculo perfeito com o ponto mágico, símbolo sideral e hermético do Astro-Rei e do princípio substancial da Vida, da Luz e da Consciência Cósmica é, sem dúvida, um emblema fálico poderoso e maravilhoso.

Esse símbolo expressa claramente os princípios masculino e feminino da Nona Esfera.

O princípio ativo de irradiação e penetração complementa-se no nono círculo com o princípio passivo de recepção e absorção.  A serpente bíblica nos apresenta a imagem do Logos Criador ou Força Sexual que começa sua manifestação desde o estado de potencialidade latente.

O Fogo Serpentino, a Víbora Sagrada, dorme enroscada três vezes e meia dentro da Igreja coccígea. Se refletirmos seriamente nessa íntima relação existente entre as letras S e a Tau, cruz, ou T, chegamos à conclusão lógica de que só mediante o Sahaja Maithuna (magia sexual) pode-se despertar a serpente criadora.

A chave, o segredo, tenho publicado em quase todos os meus anteriores livros e consiste em não derramar jamais o Vaso de Hermes durante o transe sexual. Conexão do Lingam-Yoni (Phalo-Útero) sem ejacular jamais a Ens Seminis (a entidade do sêmen), porque nessa citada substância se encontra latente toda a Ens Virtutis do fogo.

IAO é o mantra fundamental do Sahaja Maithuna. Cante-se cada letra separadamente no Laboratorium Oratorium do Terceiro Logos (durante a cópula sagrada).

A transmutação sexual da Ens Seminis em energia criadora é um legítimo axioma da sabedoria hermética. A bipolarização desse tipo de energia cósmica no organismo humano foi, desde antigos tempos, analisada nos Colégios Iniciáticos do Egito, do México, da Grécia e da Índia.



A ascensão da energia seminal até o cérebro faz-se possível graças a certo par de cordões nervosos que, em forma de 8, desenvolvem-se à esquerda e à direita da espinha dorsal.

Chegamos, pois, ao Caduceu de Mercúrio, com as asas do espírito sempre abertas. O mencionado par de cordões nervosos jamais poderá ser encontrado com um bisturi, porque é de natureza etérica, tetradimensional.

Essas são as duas testemunhas do Apocalipse, as duas oliveiras, os dois candelabros que estão diante do Deus da Terra e se alguém os quiser danificar, “sai fogo da boca dos mesmos e devora os seus inimigos”.

Na sagrada terra dos Vedas, esse par de nervos é conhecido com os nomes de Idá e Píngala. O primeiro relaciona-se com a fossa nasal esquerda e o segundo, com a direita. O primeiro desses dois famosos nadis é de natureza lunar e o segundo, de tipo solar.

Alguns estudantes gnósticos surpreendem-se ao saber que Idá, sendo de natureza fria e lunar, tenha suas raízes no testículo direito; e que, sendo Píngala do tipo estritamente solar, parta, realmente, do testículo esquerdo. Não nos surpreendamos porque tudo na natureza baseia-se na Lei das Polaridades.

O testículo direito encontra seu antipolo exato na fossa nasal esquerda e o testículo esquerdo encontra o seu antipolo perfeito na fossa nasal direita.

A fisiologia esotérica ensina que no sexo feminino as duas testemunhas partem dos ovários. Nas mulheres, a ordem desse par de oliveiras do templo inverte-se harmoniosamente.

Velhas tradições que surgem da profunda noite dos séculos dizem que quando os átomos solares e lunares do sistema seminal fazem contato no Triveni, próximo ao cóccix, então, por indução elétrica, desperta-se uma terceira força mágica, a Kundalini, o fogo místico do arhat gnóstico.

Está escrito nos velhos textos da sabedoria antiga, que o orifício inferior do canal medular nas pessoas comuns e correntes encontra-se hermeticamente fechado. Os vapores seminais abrem-no para que a cobra sagrada penetre por ele.

Ao longo do canal medular processa-se um conjunto maravilhoso de variados canais: recordemos Sushumaná, o Vajra, o Chitra, o Centralis e o Brahmanadi. Por este último ascende a Kundalini.

É uma espantosa mentira afirmar-se que após haver encarnado o Jiva-Atma dentro do coração, a serpente sagrada empreenda a viagem de retorno até encerrar-se novamente no chacra Muladhara.

É uma horrível falsidade afirmar-se que a serpente ígnea de nossos mágicos poderes, depois de haver gozado de sua união com Paramashiva, separa-se, iniciando a viagem de retorno pelo caminho inicial.

Esse retorno fatal, essa queda até o cóccix, ocorre somente quando o iniciado derrama o sêmen. Aí, então, ele cai fulminado sob o raio terrível da Justiça Cósmica. A ascensão da Kundalini ao longo de seu canal espinhal realiza-se muito lentamente, de acordo com os méritos do coração. Os fogos do Cárdias controlam a ascensão milagrosa da serpente sagrada.

Devi Kundalini não é algo mecânico como muitos supõem. A serpente sagrada desperta com o verdadeiro amor entre homem e mulher e jamais sobe pela espinha dorsal dos adúlteros e perversos.

É bom sabermos que quando Hadith, a Serpente Alada de Luz, desperta para iniciar sua marcha ao longo do canal medular espinhal, emite um som misterioso muito similar ao de qualquer víbora, quando assustada com um pau, o que nos faz recordar a mágica letra S.

A Kundalini movimenta-se, revoluciona-se e ascende dentro da aura maravilhosa do Maha Chohan. O fogo sagrado, ao chegar à altura do coração, abrem-se as asas ígneas do Caduceu de Mercúrio e podemos penetrar em qualquer departamento do Reino instantaneamente.



A subida do fogo sagrado ao longo do canal espinhal, vértebra após vértebra, grau após grau, é muito lenta. Os 33 graus da Maçonaria Oculta de um Ragon ou de um Leadbeater correspondem a essa soma total de vértebras espinhais.

Quando o Alquimista derrama o Vaso de Hermes – refiro-me à ejaculação seminal –, ocorre a perda de graus esotéricos, porque a Kundalini desce uma ou mais vértebras, de acordo com a magnitude da falta.

Amfortas, o venerável senhor do Santo Graal, entre os braços impudicos de Kundry, Gundrígia, Herodias, a Eva tentadora da mitologia hebraica, derrama o Mercúrio da Filosofia Secreta, caindo fulminado com o Arcano 16 da Cabala.

A queda dos anjos rebeldes a ninguém beneficiou e a todo o mundo prejudicou, infelizmente. Se eles não houvessem derramado o Vinho Sagrado, muito diferente seria seu Nêmesis. A lira de Orfeu jamais teria caído sobre o pavimento do templo feita em pedaços.

Baixar à Nona Esfera não é proibido, mas indispensável, para toda exaltação. Porém, cair é diferente, e Amfortas caiu, tu o sabes. Quando a Kundalini alcança o Sahasrara, o lótus de mil pétalas, situado na parte superior do cérebro, desposa-se com o Senhor Shiva, o Terceiro Logos, o Espírito Santo.

Está escrito com letras de ouro no livro do oculto mistério que o famoso Tatwa Shiva Sakti governa o Sahasrara (a Igreja de Laodiceia).

No Magistério do Fogo sempre somos assistidos, e assistimos periodicamente aos aspirantes. A Universidade Adhiátmica dos sábios nos examina pelos Elohim. Eles nos aconselham e ajudam.

Na medula e no sêmen acha-se a chave da salvação humana, e tudo o que não for por ali é inútil perda de tempo.

Kundalini é a Deusa da Palavra adorada pelos sábios. Somente Ela pode conferir-nos a iluminação. Quando a Kundalini desperta e inicia sua ascensão sublime, para dentro e para cima, o Alquimista consegue seis experiências transcendentais, a saber:

Ananda, certa felicidade espiritual
Kampan, hipersensibilidade elétrica e psíquica
Utthan, aumento na porcentagem de consciência objetiva
Ghurni, intensos anseios místicos
Murcha, estados de lassidão ou relaxamentos espontâneos durante os exercícios esotéricos
Nidra, algum modo específico de sono que, combinado com a meditação, se converte em Samadhi (êxtase).




Brahma e sua esposa, Saraswáti (assim como Abraão/Arbarman e Sara na tradição cabalística) são o casal divino, nosso Pai-Mãe interiores

Dar testemunho da Verdade jamais poderá ser um delito. Em minha condição de Kalki Avatara, ou Sosiosh, da nova Era de Aquário, declaro o seguinte: “Com todos os múltiplos processos pseudoesotéricos em voga, ensinados em diversas escolas, não é possível o despertar da Kundalini”.

O sistema fole, com todos os seus variados pranayamas; as diversas Asanas e formas do Hatha Yoga; os MudrasBhaktisBandhas, jamais poderão manter em atividade o Fogo Serpentino.

As ígneas partículas que escapam da flama sagrada durante certas práticas yogues não significam o despertar da Kundalini, porém, muitos confundem as Chispas com as Chamas.

O fogo serpentino somente pode despertar e ascender com a magia sexual (Sahaja Maithuna). O advento do fogo é o evento cósmico mais extraordinário. O ígneo elemento vem a transformar-se radicalmente, transformando-nos.

No instante em que escrevo estas linhas ardentes, vem-me à memória certa lembrança transcendental: uma vez, durante uma viagem incorpórea, em estado de Êxtase, ou Samadhi, atrevi-me a interrogar minha Mãe Divina Kundalini sobre o seguinte:

“É possível que alguém no mundo físico possa se autorrealizar sem a necessidade da magia sexual?”

A resposta foi terrível: “Impossível, filho meu… Isso não é possível”. Disse-me com tanta veemência que, francamente, senti-me comovido.

O fogo serpentino é a “Díada” mística, o desdobramento da unidade da Mônada, o feminino aspecto eternal de Brahma, “Deus Mãe”. A serpente ígnea nos confere infinitos poderes, entre eles o Mukti da beatitude final e o Jnana da libertação.

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